quinta-feira, março 19, 2009

Britânico é inocentado depois de 27 anos na prisão

Exames recentes demonstraram que o DNA encontrado na cena do crime não era de Hodgson, e a polícia reabriu a investigação. Ao sair do tribunal, Hodgson disse que se sentia "em estado de êxtase" e que imaginava que o dia de sua liberdade nunca chegaria.

Ele é o segundo prisioneiro a passar mais tempo detido por conta de um erro da Justiça na Grã-Bretanha. Os juízes do tribunal decidiram que sua condenação "não era segura".

O corpo da vítima, que também foi estuprada, foi encontrado parcialmente despido no banco de trás de seu carro, no estacionamento do bar em que ela trabalhava por meio expediente.

CONFISSÕES "FALSAS"

Segundo um dos juízes, as amostras de esperma coletadas na cena do crime se provaram ser de outra pessoa em recentes exames de DNA.

Como o caso apresentado partia do princípio de que quem quer que tivesse estuprado Teresa de Simone era também seu assassino, a nova prova de DNA demoliu os argumentos da promotoria.

Ao fim do julgamento, o juiz anunciou que Hodgson seria libertado e que não haveria novo julgamento.

Na ocasião de seu julgamento original, não havia exames de DNA, que só vieram a ser usados como provas judiciais na Grã-Bretanha em 1986, durante um processo em Leicester.

Hodgson, também conhecido como Robert Graham Hodgson, confessou o crime diversas vezes à polícia antes de se declarar inocente no julgamento, em Winchester. Na época, sua defesa alegou que ele era um mentiroso patológico e que as confissões não eram verdadeiras.

A promotoria também havia apresentado como prova as análises da perícia que mostravam que o autor do crime tinha sangue tipo A ou AB.

Hodgson se encaixava nesta categoria, bem como cerca de um terço da população masculina da Grã-Bretanha.

Com o resultado do novo exame de DNA, a polícia agora vai reabrir a investigação para tentar encontrar o assassino de Teresa de Simone.
Veja mais: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/03/090318_britanicoinocente_ba.shtml

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