segunda-feira, março 02, 2009

Transtorno do Pânico ou Síndrome do Pânico

ORIGEM DA PALAVRA

É proveniente do grego "panikon" que tem como significado susto ou pavor repetitivo. Na mitologia grega o Deus Pã, que possuía chifres e pés de bode, provocava com seu aparecimento, horror nos pastores e camponeses.

Desta forma a palavra tem em nossa língua o significado de medo ou pavor violento e repetitivo. Em Atenas, teria sido erguido na Acrópole um templo ao Deus Pã, ao lado da Ágora, praça do mercado onde se reunia a assembléia popular para discutir os problemas da cidade, sendo daí derivado o termo agorafobia, usado em psiquiatria e que possui como significado o medo de lugares abertos.A síndrome do pânico, na linguagem psiquiátrica chamada de transtorno do pânico, é uma enfermidade que se caracteriza por crises absolutamente inesperadas de medo e desespero. A pessoa tem a impressão de que vai morrer naquele momento de um ataque cardíaco porque o coração dispara, sente falta de ar e tem sudorese abundante.

Quem padece de síndrome do pânico sofre durante as crises e ainda mais nos intervalos entre uma e outra, pois não faz a menor idéia de quando elas ocorrerão novamente, se dali a cinco minutos, cinco dias ou cinco meses.

Isso traz tamanha insegurança que a qualidade de vida do paciente fica seriamente comprometida. Doença de fundo psicológico caracterizada por ataques repentinos de ansiedade e nervosismo causados por um distúrbio dos neurotransmissores serotonina e noradrenalina.

O problema é que, na maioria das vezes, as pessoas não sabem que tem a doença, nem como tratá-la. A doença pode atingir um estágio grave, em que a pessoa não consegue nem mais sair de casa.

O grupo mais propenso a adquirir síndrome do pânico é o de pessoas que trabalham muito, com tendência ao perfeccionismo, que não se permitem falhar em nenhum aspecto. Durante a crise, que pode durar de cinco minutos a meia hora, o organismo se prepara para enfrentar uma situação de extremo perigo que, no entanto, não existe.

Há o medo de morrer ou de enlouquecer, descontrole emocional, taquicardia, falta de ar, vertigem e sufocamento. A doença pode ser curada com uma combinação de remédios e psicoterapia. Alguns pacientes referem diarréias intensas em determinadas situações. Outros tem todos os sintomas de uma Labirintite.

Outros passam a ter pensamentos que não saem da cabeça de que poderiam ter doenças graves mesmo que todos os exames sejam normais, ou de que poderiam fazer mal a si mesmo ou a outras pessoas.

Podem ocorrer pensamentos que a pessoa sabe que não fazem sentido, mas não consegue tirar da cabeça, por exemplo se atirar de uma janela, machucar alguém ou ela mesma com uma faca. Tecnicamente falando, pensamentos obsessivos, fazem do quadro clínico e desaparecem com o tratamento do pânico. Um medo muito comum é o de "voltar a sentir medo". Muitas vezes o simples pensamento de entrar num avião ou passar ao lado de um abismo já desencadeiam a crise.

Algumas pessoas vão a um cinema, teatro ou restaurante e procuram sentar-se perto da saída, outras não trancam a porta quando vão ao banheiro, sempre para sair facilmente caso venham a passar mal. É comum a pessoa ter passado por cardiologistas, clínicos, hospitais, laboratórios, etc., com todos os exames normais, a não ser, com certa freqüência, um Prolapso de Válvula Mitral, que os cardiologistas não consideram patológico.

Muitas vezes as primeiras crises aparecem subitamente em situações normais e habituais. É claro que a maioria das pessoas não tem todos os sintomas acima. Uma forma mais específica da Síndrome do Pânico ou Transtorno do Pânico se chama Fobia Social e se caracteriza por crises de ansiedade em situações como por exemplo reuniões, apresentações, discussões com superiores, assinar algum documento, cheques ou mesmo levantar uma xícara de café em público.

Algumas vezes os sintomas aparecem após uma experiência traumática na qual a pessoa se sentiu indefesa ou humilhada ou sem possibilidade de reação, por exemplo assalto, seqüestro, acidentes. Essa forma mais específica de distúrbio de ansiedade se chama Distúrbio de Stress Pós Traumático.

Após ter tido muitas crises, a pessoa pode não sentir mais os sintomas físicos mas continua com medos que ela mesmo percebe que não são lógicos, como por exemplo de dirigir (principalmente em congestionamentos, túneis ou estradas), de pegar ônibus, metrô, avião, de participar de reuniões, de viajar, de ficar sozinha ou de sair sozinha de casa, ou de escuridão, de ficar em lugares com muita gente como Shopping, cinema, restaurantes, filas, elevadores, ou então de lugares muito abertos e vazios.

Às vezes aparece até mesmo medo de dormir, quando a pessoa teve crises noturnas, ou de se alimentar, quando teve sensações de engasgar. Pelo menos 3% da população mundial sofre de síndrome do pânico.

CAUSAS

Psicológicas - reação a um Stress ou a uma situação difícil cuja solução é igualmente difícil. Essa situação difícil pode ser profissional, afetiva, financeira, de saúde, etc.
Físicas - alterações no organismo provocadas, por medicamentos, doenças físicas, por abuso de álcool em drogas.

Genética familiar de Pânico - Depressão, DOC, TAG, PTSD, DDA, etc. predisposição genética não quer dizer hereditariedade. Ou seja, Síndrome do Pânico ou Transtorno do Pânico não passa de pai para filho. O mais comum é uma combinação de várias causas. O tratamento da Síndrome do Pânico ou Transtorno do Pânico consiste basicamente em duas etapas:

Acabar com os sintomas físicos - Os quais costumam passar rapidamente com a ajuda de certos medicamentos. Nessa fase inicial onde o objetivo é acabar com os sintomas físicos (e que realmente acabam muito rápido, às vezes em questão de horas), a Psicoterapia sozinha ajuda muito pouco.

Acabar as fobias - Nesta fase o tratamento mais eficaz é uma combinação de medicação com Psicoterapia (que aliás nem sempre é necessária), principalmente a Psicoterapia Breve Focal, que consiste em poucas sessões para ajudar o paciente a mudar de atitudes, sair de situações difíceis e principalmente ver os problemas com mais objetividade, ficando portanto mais fáceis de serem resolvidos.

PARA A FAMÍLIA

Geralmente a família sofre porque não consegue ajudar e sobrecarrega o paciente porque vê a pessoa passar por cardiologistas, clínicos, neurologistas, gastroenterologistas, otorrinolaringologistas, etc., fazer exames, tomar calmantes, estimulantes e vitaminas sem melhora.

Então começa a dizer que é fita, "frescura", falta de força de vontade, de coragem, e começa a dar palpites para você "se ajudar" "se animar" "reagir" e etc., como se você não soubesse de tudo isso.

OBSERVAÇÕES

Existem alguns casos em que o primeiro remédio não produz resultado. Isso não quer dizer caso grave e nem incurável. Na maioria das vezes basta trocar a medicação.
Mesmo que você já esteja se sentindo bem, não interrompa a medicação. Interromper a medicação antes da hora significa quase sempre uma recaída.

A Síndrome do Pânico ou Transtorno do Pânico é benigna e curável, quase todos os sintomas desaparecem nas primeira horas de tratamento, porem ela é muito "teimosa" e o tratamento de manutenção é longo. Evidentemente que sem sintomas, mas com a manutenção da medicação.

A Síndrome do Pânico ou Transtorno do Pânico pode reaparecer sim, mesmo que os problemas tenham acabado.

Durante o Transtorno do Pânico ou Síndrome do Pânico a pessoa pode passar por fases de depressão. Isso não quer dizer que você sofra de duas doenças. Algumas pessoas com Síndrome do Pânico ou Transtorno do Pânico tem receio de fazer ginástica.

Pelo contrário, um bom condicionamento físico é sempre importante, ainda mais para quem está sujeito a ter crises de taquicardia. Além disso, ginástica libera Endorfinas, que são nossos Antidepressivos naturais e aumentam nosso bem estar.

Yoga, meditação, massagem de relaxamento: sempre ajudam e muito, principalmente as duas primeiras.Diminuir álcool e cafeína (café, chá preto, chá mate, refrigerantes) sempre ajuda.
Fonte: Internet – Enviado por e-mail pelo amigo SAMPAIO DE FREITAS

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