terça-feira, maio 05, 2009

Economia & Negócios - “Saí na frente”

Francisco Deusimar de Queirós, 61 anos, dono da rede de farmácias Pague Menos, conta como ergueu 300 lojas, conquistou 6,6 milhões de clientes e faturou R$ 1,6 bilhão em 2008.

PRIMEIRO PASSO
Venho de uma família de comerciantes e, como sempre fui ousado, decidi apostar em um novo negócio aos 34 anos. Conquistei meu primeiro milhão de dólares nessa época, depois de trabalhar como executivo na IBM, no IBGE e no mercado financeiro. Mas minha meta era empreender. Inaugurei a primeira farmácia em 1981, no bairro de Éllery, na periferia de Fortaleza. Em um ano já tinha cinco unidades e não parei mais de crescer.

EXPANSÃO
A Pague Menos cresceu em espiral. Saiu da periferia para ganhar a capital cearense, mais tarde o estado e, em 2002, depois de conquistar o Nordeste, avançou em direção a São Paulo. De lá para cá inaugurei bases em todo o Sul, Sudeste e Centro-Oeste. O Brasil é meu foco. Já mapeamos 124 cidades com mais de 100.000 habitantes onde deveremos nos instalar até 2012.

RAÍZES SÓLIDAS
Desde o início, me apoiei no tripé inovação, conveniência e cidadania. Sempre procurei crescer passo a passo, mas sem deixar de reinventar o negócio dia a dia. Um exemplo dessa conduta foi a implementação da farmácia de manipulação, em 1993, que complementa a oferta de serviços até hoje.

DIVERSIFICAÇÃO
Com a concorrência acirrada, a saída é ampliar o mix de produtos. Foi assim que a Pague Menos ganhou corpo. Pode-se encontrar nas lojas tanto remédios e itens de higiene e beleza quanto objetos de uso diário. Assim é possível obter margens de lucro que permitem cobrar nos medicamentos preços abaixo da tabela.

PIONEIRISMO
Sair na frente é essencial, não importa o seu tamanho. Em 1989, quando estava longe de somar as mais de 300 unidades atuais, a Pague Menos já vendia vale-transporte e recebia contas de água, luz e telefone, descentralizando a operação dos bancos. Fomos os primeiros, também, a adotar o auto-serviço em farmácias e a abrir lojas 24 horas sem porta.

LIBERDADE CONTROLADA
Quando se é pequeno, tem-se o controle total do negócio. À medida que a empresa cresce é preciso delegar. Pratico o que chamo de "democratura", misto de democracia com ditadura. Ou seja, dou liberdade, desde que façam do jeito que eu quero.
Veja mais: http://empresas.globo.com/Empresasenegocios/0,19125,ERA1696962-2991,00.html

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