quinta-feira, fevereiro 01, 2007

ANOREXIA NERVOSA

Anorexia Nervosa

A anorexia nervosa é um transtorno alimentar caracterizado por uma rígida e insuficiente dieta alimentar (caracterizando em baixo peso corporal) e estresse físico. A anorexia nervosa é uma doença complexa, envolvendo componentes psicológicos, fisiológicos e sociedade. Uma pessoa com anorexia nervosa é chamada de anoréxica. Uma pessoa anoréxica pode ser também bulímica.


Definição clínica da anorexia nervosa

* Peso corporal em 85% ou menos do nível normal.
* Excesso de atividade física.
* Medo intenso e irracional de ganhar peso ou de ser gordo, mesmo tendo um peso abaixo do normal. Comumente, anoréxicos vêem peso onde não existe, ou seja, o anoréxico pensa que tem um peso acima do normal.
* Negação quando questionado sobre o transtorno.
* Em mulheres, ausência de ao menos três ou mais menstruações. A anorexia causa sérios danos ao sistema reprodutor feminino.

Outros sintomas e perigos incluem:

* Bulimia, que pode desenvolver-se posteriormente em pessoas anoréxicas.
* Danos intestinais, quando o anoxérico faz uso excessivo de laxativos
* Danos ao rim, quando o anoxérico faz uso excessivo de diuréticos
* Anemia (devido ao baixo nível de ferro)
* Osteoporose (devido ao baixo nível de cálcio, ou à deficiência do intestino em absovê-lo)

A anorexia possui um índice de mortalidade entre 15 a 20%, a maior de quaisquer transtorno psicológico, geralmente matando por ataque cardíaco, devido à falta de potássio ou sódio (que ajudam a controlar o ritmo normal do coração).

Causas da anorexia nervosa

A anorexia afeta muito mais pessoas jovens (entre 15 a 25 anos), e do sexo feminino (95% dos casos de anorexia nervosa ocorrem em mulheres).

Muitos especialistas acreditam que a influência da mídia é a principal (mas não a única) causa de transtornos alimentares. Isto porque a mídia comumente (mas não sempre) impõe o estereótipo em que a magreza é um fator importantíssimo, se não indispensável, para o sucesso social e econômico de uma pessoa, desde de redes de televisão até filmes e revistas. Tal influência é bastante negativa em crianças e adolescentes, em qual a personalidade ainda está em formação, e casos de garotas entre 11 a 14 anos anoréxicas existem com relativa freqüência.


A anorexia nervosa foi pouco comentada na cobertura jornalística da morte de algumas pessoas que morreram justamente devido à complicações da doença, como Karen Carpenter e Terri Schiavo.

Pessoas que passaram por eventos traumáticos anteriormente, como rejeição familiar ou abuso físico e/ou sexual também possuem um maior risco de serem anoxéricas.

Pessoas em certas profissões, como atletas, bailarinos, dançarinos, ginastas ou modelos, podem motivar uma pessoa a decidir por diminuir seu peso, possivelmente resultando em um transtorno alimentar. O perfeccionismo também é um fator de risco.

Tratamento da anorexia nervosa

A anorexia nervosa, por ser uma doença com raízes psicológicas, é difícil de ser tratada. Uma vez diagnosticada, o anoréxico passa por terapia individual, terapia em grupo e terapia familiar, em casos leves e moderados. Como a negação do problema é freqüente, médicos, terapistas e familiares precisam ser pacientes enquanto motivam o anoréxico em sua recuperação. Casos de reincidências (recaídas) são comuns em pessoas anoréxicas. Em casos mais graves, tratamento hospitalar é indicado.

Bulimia Nervosa

A bulimia nervosa é um transtorno alimentar associado com a anorexia, com o porém em que a pessoa bulímica tende a ter períodos de intensa alimentação, seguidos de culpa, por causa do ganho de peso. Para eliminar esse excesso, a pessoa bulímica exercita-se demais, vomita o que come e faz uso excessivo de laxativos e diuréticos.

Além dos mesmos danos à saúde causado pela anorexia, a bulimia nervosa tem outras complicações como danos severos ao esôfago, às glândulas salivares e aos dentes, por causa do ácido estomacal, presente no vômito, que corrói tais órgãos.

Gravidez na adolescência

A adolescência caracteriza-se por ser um período de descoberta do mundo, dos grupos de amigos, de uma vida social mais ampla. Assim, a gravidez pode vir a interromper, na adolescente, esse processo de desenvolvimento próprio da idade, fazendo-a assumir responsabilidades e papéis de adulta antes da hora, já que dentro em pouco se verá obrigada a dedicar-se aos cuidados maternos.

O prejuízo é duplo: nem adolescente plena, nem adulta inteiramente capaz. A adolescência é também uma fase em que a personalidade da jovem está se formando e, por isso mesmo, é naturalmente instável. Hoje, os meninos e meninas entram na adolescência cada vez mais cedo. O início da ejaculação e da menstruação indicam que eles estão começando a sua vida fértil, isto é, que chegaram àquela fase da vida em que são capazes de procriar.

Repercussões da gravidez na adolescência

Ao engravidar, a jovem tem de enfrentar, paralelamente, tanto os processos de transformação da adolescência como os da gestação. Isto, nesta fase, representa uma sobrecarga de esforços físicos e psicológicos tão grande que para ser bem suportada necessitaria apoiar-se num claro desejo de tornar-se mãe. Porém, geralmente não é o que acontece: as jovens se assustam e angustiam-se ao constatar que lhes aconteceu algo imprevisto e indesejado. Só este fato torna necessário que seja alvo de cuidados materiais e médicos apropriados, de solidariedade humana e amparo afetivo especiais. A questão é que, na maioria dos casos, essas condições também não existem. Muitas vezes, a dificuldade de contar o fato para a família ou até mesmo constatar a gravidez faz com que as adolescentes iniciem tardiamente o pré-natal – o que possibilita a ocorrência de complicações e aumento do risco de terem bebês prematuros e de baixo peso. Além disso, não é raro acontecer, em seqüência, uma segunda gravidez indesejada na jovem mãe. Daí a importância adicional do pré-natal como fonte segura de orientação.

Viver ao mesmo tempo a própria adolescência, cuidar da gestação e, mais tarde, do bebê, não é tarefa fácil. E a vida torna-se ainda mais difícil para a adolescente grávida que estuda e trabalha. Igualmente, essa situação não difere com relação ao jovem adolescente que se torna pai: ele se vê envolvido na dupla tarefa de lidar com as transformações próprias da adolescência e as da paternidade, que requerem trabalho, estudo, educação do filho e cuidados com a esposa ou companheira.

Orientação sexual e afetiva

Os programas de educação sexual transmitidos pelas escolas vêm cumprindo papel fundamental, já que permitem o diálogo e a circulação de informações sobre a sexualidade. Os meios de comunicação e as campanhas publicitárias também têm abordado com freqüência esse assunto, particularmente visando a prevenção das doenças sexualmente transmissíveis e AIDS.

É função dos serviços de saúde implantar programas especiais à disposição dos jovens, para informá-los e cuidar deles, se necessário. Os adolescentes não precisam sentir vergonha. Além de ser um direito, os profissionais de saúde têm prazer em recebê-los e, através dos serviços oferecidos, possibilitar-lhes informação a respeito dos vários métodos anticoncepcionais existentes. É bom lembrar que, desde a primeira relação, será necessário se proteger. Quem transa sem os cuidados devidos, pode engravidar.

Mas, atenção: dar apenas informações técnicas aos jovens não basta. É muito importante que também sejam orientados em casa, na família. É essencial que possam fazer perguntas, conversar com amigos e parentes mais velhos e se aconselhar quanto à escolha do melhor método anticoncepcional. O importante é que falem e sejam ouvidos. Esse canal de comunicação precisa ser criado e mantido, tanto com a filha, desde sua primeira menstruação, quanto com o filho.

A superação das dificuldades de comunicação e diálogo entre os pais e os filhos pode ajudar em muito a diminuir a ocorrência da gravidez indesejada entre adolescentes. Os pais precisam esforçar-se para deixar de lado o medo de ser taxados de caretas, autoritários, ou de serem acusados de estar invadindo a vida pessoal de seus filhos. Conversando e orientando-os não apenas sobre reprodução e sexualidade humana mas também sobre valores como afeto, amizade, amor, intimidade e respeito ao corpo e à vida, permitirão que se sintam mais preparados para assumir as alegrias e responsabilidades inerentes à vida sexual

Doenças sexualmente transmissíveis – DST

O que são doenças sexualmente transmissíveis (DST)?

Doenças sexualmente transmissíveis (DST), antigamente chamadas de doenças venéreas, são aquelas que você adquire ao ter contato sexual (vaginal, oral ou anal) com alguém que já tenha DST. Causadas por várias bactérias e vírus, mais de 20 doenças sexualmente transmissíveis afetam homens e mulheres. Ainda que algumas doenças sexualmente transmissíveis tenham cura, outras acompanham a pessoa por toda a vida (não têm cura). Doenças sexualmente transmissíveis podem afetar a saúde física, emocional e a qualidade de vida da pessoa. Especialistas acreditam que ter uma doença sexualmente transmissível eleva as chances da pessoa ser infectada com o HIV, o vírus que causa AIDS.

É muito comum a pessoa não apresentar sintomas das doenças sexualmente transmissíveis, na maioria das vezes nos estágios iniciais da doença. Isso pode ocasionar a falta de tratamento até que a doença fique severa. A falta de tratamento precoce pode causar problemas sérios como infertilidade. Algumas doenças sexualmente transmissíveis podem passar para o bebê durante o parto ou gravidez.

O que você precisa saber sobre doenças sexualmente transmissíveis?

Aqui estão algumas coisas que você precisa saber sobre doenças sexualmente transmissíveis:

· Doenças sexualmente transmissíveis afetam homens e mulheres de todas as idades, etnias e classes sociais. Adolescentes e adultos jovens têm doenças sexualmente transmissíveis mais freqüentemente do que outra faixa etária. Isso porque eles têm relações sexuais mais freqüentes e com mais parceiros.

· A quantidade de pessoas contraindo doenças sexualmente transmissíveis está aumentando.

· Você pode estar com um doença sexualmente transmissível, não apresentar sintomas, e assim mesmo a passar para outra pessoa. Por isso os testes são tão importantes. Converse com seu médico sobre a realização de testes para doenças sexualmente transmissíveis, especialmente se você tem mais de um parceiro sexual. Lembre-se que você não precisa apresentar sintomas para fazer os testes.

· Doenças sexualmente transmissíveis podem causar problemas sérios de saúde para toda a vida, os quais tendem a ser mais severos em mulheres do que em homens.

· Algumas doenças sexualmente transmissíveis estão relacionadas a alguns tipos de câncer.

· A mãe pode passar uma doença sexualmente transmissível para seu bebê antes, durante e logo após o parto. Algumas dessas doenças sexualmente transmissíveis pode ser facilmente curáveis, porém outras podem causar danos ao recém-nascido e ocasionar problemas para a vida toda ou até a morte.

· Doenças sexualmente transmissíveis são tratadas com mais sucesso quando diagnosticadas cedo. Há testes e muitos tratamentos para doenças sexualmente transmissíveis. Quando você tiver uma doença sexualmente transmissível é melhor procurar tratamento imediatamente. É importante saber que mesmo que o tratamento curar a doença sexualmente transmissível você pode tê-la novamente.

Há testes para doenças sexualmente transmissíveis?

Sim, há vários testes para doenças sexualmente transmissíveis.

Como posso evitar as doenças sexualmente transmissíveis?

Há algumas coisas que você pode fazer para se proteger de doenças sexualmente transmissíveis:

· A forma mais eficiente de prevenir qualquer doença sexualmente transmissível é a abstinência sexual. Retardar o início da vida sexual é outra forma de reduzir suas chances de ter doenças sexualmente transmissíveis. Estudos mostram que quanto mais jovem a pessoa tiver sua primeira relação sexual, mais chances terá de contrair doenças sexualmente transmissíveis. O risco de ter uma doença sexualmente transmissível eleva com o tempo à medida que a quantidade de parceiros sexuais aumenta.

· Ter um relacionamento sexual com um parceiro que não tenha nenhuma doença sexualmente transmissível no qual há confiança mútua (significando que vocês não têm relações sexuais com outras pessoas).

· Usar preservativo sempre que tiver relação sexual. Tenha ciência que o preservativo não oferece proteção completa contra doenças sexualmente transmissíveis, porém ele diminui suas chances de contraí-las. Saiba também que outros métodos anticoncepcionais (como diafragma, pílula anticoncepcional, etc) não o protegem contra doenças sexualmente transmissíveis. Caso você use algum desses métodos anticoncepcionais, certifique-se de utilizar preservativos para proteção contra doenças sexualmente transmissíveis.

· Limitar a quantidade de parceiros sexuais. Seu risco de ter uma doença sexualmente transmissível aumenta de acordo com a quantidade de parceiros sexuais que você tem.

· Não compartilhe agulhas de injeções. Isso inclui injeções de drogas ilegais (heroína e cocaína) e medicamentos. Se você for fazer uma tatuagem ou body piercing, certifique-se de que as agulhas estejam esterilizadas.

· Quando estiver tendo uma vida sexualmente ativa, especialmente se tiver mais de um parceiro sexual, faça exames regulares para doenças sexualmente transmissíveis com seu médico. Quanto mais cedo uma doença sexualmente transmissível for detectada, mais fácil será o tratamento.

O que devo fazer se contrair uma doença sexualmente transmissível?

Algumas vezes a pessoa pode ficar muito amedrontada ou envergonhada para pedir informações e ajuda. Porém, tenha em mente que a maioria das doenças sexualmente transmissíveis são fáceis de ser tratadas. O tratamento precoce da doença sexualmente transmissível é importante. Quanto mais rápido você procurar tratamento, menos chances terá de a doença sexualmente transmissível causar danos severos. E quanto mais cedo você avisar seu parceiro sexual que tem uma doença sexualmente transmissível, menos chance terá de espalhá-la. Para mulheres grávidas, o tratamento precoce também diminui a probabilidade de passar a doença sexualmente transmissível para o bebê.

Se você tem ou acredita ter uma doença sexualmente transmissível:

· Procure por tratamento imediatamente. Estudos indicam que ter uma doença sexualmente transmissível aumenta o risco de ser infectado pelo HIV, o vírus que causa AIDS.

· Siga as ordens médicas e acabe de tomar todos os remédios que lhe forem prescritos. Mesmo que os sintomas forem embora, você ainda assim precisa acabar de tomar os remédios.

· Evite ter qualquer atividade sexual se estiver sob tratamento para uma doença sexualmente transmissível.

· Certifique-se de contar para seu parceiro, de modo que ele também possa receber tratamento.

· Tenha um teste de acompanhamento para certificar-se que a infecção foi curada (isso para as doenças sexualmente transmissíveis que pode ser curadas).

· Se você estiver grávida avise isso ao seu médico. Alguns remédios não são seguros para grávidas e você pode precisar de medicamento diferente para o tratamento.

· Se estiver amamentando, converse seu médico sobre o risco de passar a doença sexualmente transmissível para o bebê através do leite.

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