terça-feira, maio 01, 2007

DST – DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
Doenças sexualmente transmitidas ou DSTs, são doenças infecciosas que podem ser disseminadas através do contato sexual. Algumas podem também ser transmitidas por vias não sexuais, porém formas não-sexuais de transmissão são menos frequentes. Estima-se que de 10 a 15 milhões de americanos tenham doenças sexualmente transmitidas, muitos dos casos são epidêmicos, incluindo gonorréia, inflexão da uretra não causada pela gonorréia, herpes genital, candiloma, scabics (mites) e infecções na uretra e na vagina causadas pela bactéria Chlamydia trachomatis, pelo protozoário Trichomas e pelo fungo monilia. Vários estudos mostram que as doenças sexualmente transmitidas afetam pessoas de ambos os sexos, de todas as raças e de todos os níveis sociais nos Estados Unidos.
Um grande número de infecções são transmitidas predominantemente ou exclusivamente por contato sexual. Além das doenças epidêmicas que foram citadas acima, podemos incluir a sífilis, o chato (pediculosis pubis), infecção vaginal causada pela bactéria Hemophilus e muitas outras. DSTs podem ser causadas por uma grande variedade de organismos, tais como o protozoário Trichomonas, a levedura causadora de moniliasis, bactérias causadoras da gonorréia e da sífilis e o vírus que causa a herpes genital.
Transmissão
A transmissão de todas estas doenças só ocorre através do contato íntimo com a pessoa infectada, porque todos os organismos causadores morrem rapidamente se forem removidos do corpo humano. Apesar da área de contato ser normalmente as genitais, a prática de sexo anal e oral pode também causar infecções. Gonorréia, sífilis e infecção clamidial podem ser transmitidas de um portadora grávida ao filho que está sendo gerado, tanto através do útero como através do parto.Apesar das doenças venéreas se manifestarem na genitália externa, elas podem atingir a próstata, o útero, os testículos e outros órgãos internos. Algumas dessas infecções causam apenas uma irritação local, coceira e uma leve dor, porém a gonorréia e clamídia podem causar infertilidade em mulheres.

Controle

A natureza epidêmica das doenças sexualmente transmitidas as torna de difícil controle. Algumas autoridades em saúde pública atribuem o aumento no número de casos destas doenças ao aumento de atividade sexual. Outro fator que também contribui significativamente é a substituição do uso de camisinha (condom) - que oferece alguma proteção - por pílulas e diafragmas com métodos anticonceptivos. Os padrões das doenças sexualmente transmitidas são bastante variáveis. Enquanto a sífilis e a gonorréia eram ambas epidêmicas, o uso intensivo de penicilina fez com que a freqüência da sífilis caísse para um nível razoavelmente controlado; a atenção voltou-se então ao controle da gonorréia, foi quando a freqüência da sífilis aumentou novamente. Os casos de herpes genital e clamídia também aumentaram durante a década de 70 e durante o início da década de 80. O tratamento de doenças sexualmente transmissíveis é feito basicamente com antibióticos. A penicilina tem sido uma droga eficiente contra a sífilis e a gonorréia, porém muitos dos organismos causadores da gonorréia são hoje resistentes à penicilina; usa-se nestes casos o ceftriaxone ou a spectinomicine. A tetraciclina é usada para tratar o linfogranuloma venéreo, o granuloma inguinale e a uterite clamidial. Existem tratamentos específicos para a maioria das doenças sexualmente transmitidas, com exceção do molluscum contagiosum. A droga antivirus aciclovir tem se mostrado útil no tratamento da herpes.
A única forma de se prevenir a dispersão das doenças sexualmente transmitidas é através da localização dos indivíduos que tiveram contato sexual com pessoas infectadas e determinar se estes também necessitam tratamento. Localizar a todos, entretanto, é bastante difícil, especialmente porque nem todos os casos são reportados.
AIDS (SIDA) e a hepatite B são transmitidas através do contato sexual, porém estas doenças podem também ser transmitidas de outras formas.

Condiloma (HPV)

Condiloma é a designação genérica do Papilomavírus Humano. Outros denominações como condilomatose, condiloma acuminado e crista de galo também podem ser usadas. A exemplo do herpes, o condiloma tem períodos de latência (remissão) variáveis de um indivíduo para o outro. Causam lesões verrugosas, a princípio microscópicas e de difícil visualização a olho desarmado, que vão lentamente crescendo como lesões sobrepostas umas às outras, formando a designação popular de crista de galo. Podem chegar, em indivíduos com higiene precária, a lesões coalescentes e grandes como a palma da mão de um adulto. Seu contágio é quase que exclusivamente sexual (gênito-genital, oro-genital ou gênito-anal) e sua manifestação depende da imunidade do contaminado.
Os vírus herpes simples (VHS) tipo 1 e tipo 2 são ambos da família herpesvirus humanos, a qual ainda inclui o citomegalovírus, o Epstein-Barr vírus, varicela zoster vírus e herpesvirus humanos específicos (Kaposi). A principal característica dos herpesvírus é a de produzir infecções latentes, potencialmente recorrentes. A latência se desenvolve a partir da sobrevivência do material genético do vírus dentro de células hospedeiras, sem produção de partículas infectantes.
A infecção genital pelo VHS é adquirida a partir do contato de superfícies cutâneas (pele) ou mucosas genitais com os vírus infectantes. Sendo um parasita celular obrigatório (é desativado pela perda de umidade à temperatura ambiente), é pouco provável que se transmita por aerossol (gotas microscópicas) ou fômites (peças de vestuário íntimo, assento do vaso sanitário, papel higiênico, etc.), sendo o contato sexual, orogenital ou genito-anal e gênito-genital, o modo habitual de transmissão.
Acredita-se, a exemplo de outras infecções genitais, que o VHS penetre no corpo humano por pequenas escoriações (raspados) ou fissuras na pele ou mucosas, resultante do ato sexual. Após sua infecção, o VHS é transportado através dos neurônios (nervos), com isto podendo variar seus locais de recidiva. Na infecção inicial a gravidade das lesões será diretamente proporcional à imunidade da pessoa, disto também dependerá a freqüência e gravidade das recidivas. A pessoa que teve infecção anterior pelo VHS oral poderá ter uma infecção pelo VHS genital atenuada (menos grave) pela presença de anticorpos cruzados. Não existe até o presente momento, cura para qualquer tipo de herpes. Todo o tratamento proposto visa aumentar os períodos de latência em meses e até anos. A partir de diagnóstico clínico e laboratorial, medidas higiênicas devem ser tomadas para o indivíduo e sua/seus parceiros sexuais. Em mulheres grávidas, maiores cuidados em relação ao feto devem ser adotados, mesmo que o diagnóstico não tenha sido na gestante e sim no seu parceiro sexual. Este, infectado, deve evitar o coito durante a gravidez ou fazê-lo de modo seguro.

Uretrites

É a designação genérica para processos inflamatórios ou infecciosos da uretra (canal que conduz a urina da bexiga para o meio externo, ao urinarmos) masculina e feminina. Os sintomas da uretrite compreendem: a descarga uretral (secreção) que varia de acordo com o agente etiológico, desconforto urinário sob forma de ardência e/ou dor para urinar e às vezes sensação de "coceira" na parte terminal da uretra (perto do meato urinário na glande peniana). Estes três principais sintomas podem variar de intensidade de acordo com a doença.
As uretrites inflamatórias (sem a participação de germes), em grande parte, são originadas pelo trauma externo, como por exemplo o hábito de ordenhar a a uretra após urinar, ou hábito masturbatório, lembrando aqui que a uretra é uma estrutura bastante superficial e sensível. O trauma interno, como aquele que ocorre após manipulação com instrumentos ou sondas, também pode originar uma uretrite inflamatória, que deverá receber tratamento sintomático adequado. As uretrites infecciosas são doenças sexualmente transmissíveis (DST), que é o nome atualmente aceito para as antigas doenças venéreas, termo este empregado no passado, quando blenorragia (gonorréia) e sífilis dominavam o cenário das DST. Ainda deste conceito temos a classificação das uretrites infecciosas, como uretrite gonocócica e não-gonocócica. A gonocócica, como diz o termo, é a causada pelo gonococo (N. gonorrhoeae) e as não-gonocócicas são mais comumente causadas por um dos germes a seguir: clamidia, micoplasma e ureaplasma. A uretrite gonocócica produz extremo desconforto uretral, com dor, ardor, urgência urinária e secreção abundante, esverdeada, que suja a roupa íntima do(a) portador(a). Já as demais uretrites, podem ter sintomatologia escassa, com pouca ou nenhuma secreção no início da doença. Um dos sintomas mais comuns, é o misto de ardência para urinar com coceira após urinar.

Candidíase

É a infecção causada pela Cândida albicans, e não é obrigatoriamente uma DST. No homem, balanopostite ou postite por cândida e na mulher, vaginite ou cervicite por cândida. É um fungo que habita normalmente nosso organismo, tendo a função de saprófita (alimenta-se de restos celulares) no aparelho genital. Como qualquer outra micose, gosta de ambientes quentes e úmidos, como a vagina e o prepúcio. No homem, o microtraumatismo peniano que resulta de uma relação sexual pode ser o suficiente para desencadear o processo de instalação de uma balanopostite por cândida, que com certeza vai incomodar seu portador. Surge já nas primeira horas uma ardência ao contato com secreção vaginal ou à própria urina, bem como a pele torna-se avermelhada, brilhante e friável (descama com facilidade ao toque) com um prurido (coceira) intensa. Na mulher, o sintoma mais importante é o prurido vaginal ou dos lábios da vulva, seguido ou não por secreção vaginal (corrimento) branco. No período menstrual, como há intensa descamação do endométrio e perda de sangue (células mortas), há um aumento da população da cândida ( e outros saprófitas), pois há uma quantidade maior de restos celulares a serem removidos do organismo. Também, o uso prolongado de antibióticos, que não agem sobre os fungos, pode fazer uma seleção destes, aumentando sua população no organismo (por exemplo, sapinho). O contato sexual nestes dias pode resultar em candidíase em ambos os sexos.

A queixa pode surgir de qualquer dos sexos e como dito acima, é a cândida uma habitante normal de nosso organismo, desde que não nos agrida. Portanto, não há a menor possibilidade de erradicá-la definitivamente, uma vez que a adquiriremos novamente horas após, pela dieta, pelo ambiente, convívio social, sexual, etc. O tratamento visa principalmente alívio para os sintomas e diminuir a população do fungo a uma quantidade que não agrida nosso organismo. O tratamento do casal é imperativo e medidas higiênicas adequadas devem ser adotadas para seu controle efetivo.
Em alguns homens portadores de diabetes, pode ser necessária a remoção cirúrgica do prepúcio (circuncisão), como uma medida profilática à balanopostite por cândida. Ainda, o uso inadequado de absorventes ou duchas vaginais possuem papel importante na recidiva da candidíase da mulher.


Cancro

Também conhecido por cancróide, é uma DST aguda e contagiosa, que se caracteriza por lesões genitais ulceradas e dolorosas que evoluem com a supuração (saída de pus) dos linfonodos (gânglios) inguinais.
É causada pelo Hemophilus ducreyi e o período de incubação é de 3 a 7 dias após o contato sexual suspeito. Pequenas lesões avermelhadas e elevadas (pápulas) se rompem e tornam-se úlceras rasas, com as bordas macias e com anel avermelhado ao redor. Tais úlceras variam de tamanho e podem se agrupar (coalescentes), formando uma lesão maior, intensamente dolorosa.
Os linfonodos inguinais se tornam dolorosos, aumentados de tamanho e agrupados (bubão), sendo facilmente palpáveis. Forma-se aí o abscesso que pode drenar através da pele da virilha.



Sífilis
Doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum e normalmente transmitida através do contato sexual ou pelo beijo. A infecção através de objetos contaminados é bastante rara, pois a bactéria morre em contato com o ar. Um feto carregado por uma portadora de sífilis pode contrair a doença, condição denominada de sífilis congênita.
Histórico

Acredita-se que a sífilis foi introduzida na Europa em 1493 por um grupo de marinheiros retornando da primeira expedição de Cristovão Colombo à America. Já no século XVI, a sífilis tornou-se a maior epidemia pública. O aspirilo, responsável pela doença, foi descoberto somente em 1905, pelo zoologista alemão Fritz Schaudinn. Em 1906 o bacteriologista alemão August vom Wassermann desenvolveu o primeiro exame de sangue para diagnosticar a doença. Em 1909 outro bacteriologista alemão, Paul Ehrlich, desenvolveu o primeiro tratamento efetivo. Em 1943 a penicilina mostrou-se bastante efetiva no combate à sífilis e até hoje continua sendo o medicamento preferido para o tratamento dessa doença.
Intensos programas de saúde pública reduziram o número de casos reportados nos Estados Unidos de 160.000 (1947) para 25.000 (1975), porém o número cresceu para mais de 39.000 em 1988. Durante a década de 70, a maioria dos casos de sífilis em homens ocorreu em homossexuais, entretanto o aumento no número de casos durante a década de 80 aparenta ser em indivíduos heterossexuais. Este fato aumenta a incidência da sífilis congênita, que causa um grande índice de mortalidade infantil. Pessoas portadoras de AIDS (SIDA) têm maiores chances de desenvolver sérias formas de sífilis e a sofrerem recaídas após tratamentos que normalmente curam a doença.
Estágios e Sintomas

O primeiro estágio da sífilis é caracterizado por uma pequena lesão, que aparece na região de contágio, de três a seis semanas após a contração. Os fluidos oriundos dessa lesão são extremamente infecciosos. Em um segundo estágio, que manifesta-se cerca de seis semanas mais tarde, ocorre um repentino aparecimento de lesões. Úlceras doloridas desenvolvem-se na boca, assim como em várias regiões do corpo; lesões em forma de pequenas protuberâncias, também altamente infecciosas, podem aparecer na região genital; dores de cabeça, febre e inchamento das glândulas linfáticas são, algumas vezes, observados. Estes sintomas normalmente desaparecem de 3 a 12 semanas. A doença entra então em um estágio latente não apresentando sintomas externos, porém as inflamações podem instalar-se em órgãos internos. Este estágio latente pode durar de 20 à 30 dias. Em 75% dos casos não ocorrem outros sintomas além dos já mencionados; entretanto, quando o estágio final ocorre (sífilis terceira), nódulos enrijecidos podem se desenvolver em tecidos sob a pele, nos tecidos mucosos e nos órgãos internos. Os ossos são freqüentemente afetados, assim como o fígado, os rins e outros órgãos viscerais. Infecção do coração e dos principais vasos sanguíneos ocorrem em casos terminais. Em aproximadamente 15% dos casos de sífilis terceira ocorre o que é chamado neurosífilis, representado pela perda do controle urinário, degeneração dos reflexos e perda da coordenação muscular, que pode levar à paralisia. Durante este estágio, infecções no trato urinário podem, em uma gravidez, levar ao aborto ou ao nascimento de uma criança portadora de sífilis congênita. Crianças afetadas normalmente apresentam sinais típicos como: testa grande, nariz seliforme e dentes mal formados. Perto da segunda década da vida, tais crianças podem apresentar deterioração no sistema nervoso central.A sífilis é detectada através dos sintomas de um dos vários testes de sangue ou de fluido da coluna espinhal. A droga mais usada no tratamento é a penicilina benzatina que é ministrada em duas injeções separadas por uma semana de intervalo.
Quando se trata de neurosífilis, o antibiótico é ministrado três vezes por semana.O controle da sífilis inclui localizar as pessoas que tiveram contato sexual com portadores e tratar aquelas cujo contato se deu durante o período de contaminação. O uso da camisinha oferece alguma proteção contra a sífilis.

AIDS (SIDA)
Síndrome da deficiência imunológica adquirida (SIDA) é uma condição que resulta na supressão do sistema imune relacionada à infecção pelo vírus HIV (Human Immunodeficiency Virus). Uma pessoa infectada com o vírus HIV perde gradativamente a função imune de algumas células imunológicas denominadas CD4 linfócitos-T ou CD4 células-T, tornando a pessoa infectada vulnerável à pneumonia, infecções fúngicas e outras enfermidades comuns. Com a perda da função imune, uma síndrome clínica (um grupo de várias enfermidades que, em conjunto, caracterizam a doença) se desenvolve com o passar do tempo e eventualmente pode causar a morte devido a uma infecção oportunista (infecções por organismos que normalmente não causam mal algum, exceto em pessoas que estão com o sistema imunológico bastante enfraquecido) ou um câncer.
Histórico

Durante o início dos anos 80 se observou um grande número de mortes causadas por infecções oportunistas em homens homossexuais que, apesar de tal infecção, eram pessoas saudáveis. Até então estas infecções oportunistas causavam morte normalmente em pacientes que receberam órgãos transplantados e estavam recebendo medicamento para suprimir a resposta imune.
Em 1983, Luc Montaigner, um francês especialista em câncer, juntamente com outros cientistas do Instituto Pasteur em Paris, isolaram o que parecia ser um novo retrovírus humano (um tipo especial de vírus que se reproduz de maneira diferente) de uma glândula (nódulo) linfática de um homem sob risco de AIDS. Simultaneamente cientistas norte americanos liderados por Robert Gallo, trabalhando no Instituto Nacional do Câncer em Bethesda (Maryland) e o grupo liderado pelo virologista norte americano Jay Levy de San Francisco isolaram o retrovírus de pessoas com AIDS e também daquelas que tinham contato com portadores da doença. Os três grupos de cientistas isolaram o que hoje se conhece como vírus da imunodeficiência humana (HIV), o vírus que causa a AIDS. A infecção por este vírus não significa necessariamente que a pessoa tenha AIDS, porém erroneamente costuma-se dizer que a pessoa HIV-positiva tem AIDS. De fato, um indivíduo HIV-positivo pode permanecer por mais de 10 anos sem desenvolver nenhum dos sintomas clínicos que diagnosticam a doença. Em 1996 estimou-se que 22,6 milhões de pessoas no mundo estavam vivendo com o HIV ou com a AIDS, dos quais 21,8 milhões eram
adultos e 380.000 crianças. A Organização Mundial da Saúde estimou que no período entre 1981, quando o primeiro caso de AIDS foi diagnosticado, e em 1996 mais de 8,4 milhões de adultos e crianças desenvolveram a doença. Estimou-se também que no mesmo período 6,4 milhões de mortes foram causadas pelo vírus HIV.

Infestações
Termo que significa a existência de parasitas na pele (ou derme) e que podem ser transmitidos pela atividade sexual, embora não obrigatoriamente. Destacamos aqui a infestação por piolhos (Phthirus pubis), pela sarna (Sarcoptes scabeis) e pelos carrapatos (ou chatos). Tais ectoparasitas (parasitas externos) infestam principalmente as regiões cobertas por cabelos como a região púbica (pêlos púbicos) de ambos os sexos. Obviamente tais parasitas podem também ser adquiridos de roupa de cama ou de banho (toalhas), roupas íntimas, animais, etc...Seu principal sintoma será o prurido (coceira) e vermelhidão devido aos minúsculos túneis sob a derme que podem ser estar infectados por bactérias oportunistas. Se não tratadas, tais infecções secundárias por bactérias, podem, associadas ao ato de coçar o local, disseminar pelo resto do corpo tais infestações e ainda levar a complicações mais sérias, como abscessos (coleção de pus). Resta claro neste parágrafo, que os portadores de infestações devem ser orientados quanto aos seus hábitos de higiene. O tratamento é feito de acordo com o parasita e medidas profiláticas devem ser adotadas no ambiente onde vive o indivíduo.

Linfogranuloma Venéreo
• Etiologia - É causado pela Chlamydia trachomatis;
• Patogênese - A doença é contraída, exclusivamente, via transmissão sexual: sua incidência é baixa, com maior prevalência no grupo etário de 15 a 30 anos. O período de incubação varia de 1 a 3 semanas;
• Sintomatologia - Manifesta-se com lesão inicial de tipo pustuloso, freqüentemente despercebida. Em seguida, surge adenopatia inguinal, conhecida como bubão, unilateral, que pode passar à fase supurativa. Nas mulheres, pode faltar a adenite inguinal, mas é freqüente o acometimento dos gânglios pararretais. Pode haver manifestações sistêmicas tais como mal-estar, febre, anorexia, dor pélvica, etc.;
• Diagnóstico laboratorial - Por bacterioscopia direta (coloração de Giemsa), cultura, sorologia, imunofluorescência, intradermo-reação de Frei;
• Tratamento da adenite - repouso e calor local. Quando a adenite for maior que 5 cm, aspirar com agulha de grosso calibre; pode ser feita lavagem com antibiótico.
Donovanose
• Etiologia - É causada pela Calymmatobacterium granulomatis , patógeno Gram-, anaeróbico facultativo;
• Patogênese - Transmissão sexual com período de incubação de 8 a 30 dias, mais freqüente nas regiões tropicais. Sua maior incidência é no sexo masculino, preferencialmente em homossexuais e indivíduos de baixas condições sócio-econômicas;
• Sintomatologia - Na maioria dos casos, a lesão inicial se localiza no prepúcio, sulco balanoprepucial, vulva ou vagina. Geralmente indolor, inicia-se por pápulas que coalescem e ulceram. Pode avolumar-se dando origem às formas "nodular" e "elefantiásica";
• Diagnóstico laboratorial - É feito, principalmente, por exame direto - detecção de C. granulomatis em esfregaços corados pelo Giemsa ou procurando os corpúsculos de Donovan no interior do granuloma (método histopatológico);
• Tratamento - O tratamento tradicional é constituído por tetraciclina, estreptomicina, cotrimoxanol, cloranfenicol. Nenhuma destas drogas deve ser empregada por menos de três semanas.
Vaginose Bacteriana e Vulvovaginites
• Etiologia - Pode ser classificada em infecciosa e não infecciosa (causa hormonal, agentes físicos e químicos, de contato, etc.) Na infecciosa os agentes mais comuns são: Trichomonas vaginalis, Candida albicans, G. vaginalis, C. trachomatis, N. gonorrhoeae;
• Patogênese - Em cada faixa etária, tende a aparecer um tipo específico de Vulvovaginite. As vulvovaginites de causa hormonal aparecem principalmente na infância, senescência e em usuárias de pílulas; as infecciosas são mais freqüentes dos 15 aos 35 anos;
• Sintomatologia - Secreção abundante, com ou sem odor característico, de consistência e cor variadas, prurido, edema, disúria;
• Diagnóstico laboratorial - Medidas gerais tais como abstinência sexual, higiene genital, restauração do pH vaginal, uso de anti-inflamatórios por via sistêmica e local. Conforme o agente atiológico, se usa terapia específica (trichomonas: nitroimidazólicos; herpes vírus: antivirais; fungos: antifúngicos, por via oral ou tópica);

Salpingite Aguda
• Etiologia - É causada pela disseminação ascendente, não relacionada a ciclo gravídico-puerperal ou cirurgias, de microorganismo que, partindo da vagina, acomete órgãos genitais superiores e/ou estruturas adjacentes (OMS,1986). Conforme a localização, usa-se a seguinte terminologia:
o salpingite - A mais freqüente e preocupante por suas seqüelas: endometrite, parametrite, salpigoforite, abscesso pélvico (tubo-ovariano);
Do ponto de vista etiológico, as Salpingites podem-se dividir em:
o infecção por germes causadores de DST (gonococo, clamídias, micoplasmas);
o infecções por organismos presentes na flora vaginal (estreptococos, estafilococos, hemófilos, E.coli, anaeróbicos);
o infecções de etiologia desconhecida.
• Patogênese - A manifestação da salpingite aguda está relacionada com a atividade sexual, particularmente com o número de parceiros sexuais;
• Sintomatologia - Dor pélvica, freqüentemente relacionada com o início do ciclo menstrual, disfunção menstrual, dispareunia, anorexia, náusea e vômito, dor à palpação e mobilização do útero;
• Tratamento - Deve ser eficaz tanto contra os agentes das DSTs, como contra as demais bactérias envolvidas, principalmente as anaeróbicas.

HERPES GENITAL
O herpes genital é uma doença sexualmente transmissível causada pelo vírus herpes simplex tipo 1 (HSV-1) e tipo 2 (HSC-2). A maior parte dos casos de herpes genital é causada pelo tipo 2. A infecção genital do tipo 2 é mais comum nas mulheres provavelmente porque a transmissão homem-para-mulher seja mais provável do que mulher-para-homem.
A maioria das pessoas não tem sintomas da infecção ou eles são moderados. Quando os sintomas ocorrem, eles tipicamente aparecem como bolhas nos genitais e reto, ou ao redor. A bolhas estouram, deixando feridas que podem levar de duas a quatro semanas para sarar na primeira vez que ocorrem. Geralmente outra erupção pode aparecer semanas ou meses depois da primeira, mas quase sempre é menos severa e dura menos tempo. Embora a infecção possa ficar no corpo indefinidamente, a quantidade de erupções tende a diminuir no período de anos.
Os vírus da herpes podem ser encontrados e soltos nas feridas que eles causam, mas também podem ser liberados por erupções na pele que não parecem estar estouradas ou feridas. Geralmente a pessoa só pode contrair infecção do vírus tipo 2 durante contato sexual com alguém que tenha infecção genital por esse vírus. A transmissão também pode acontecer via parceiro sexual que não tem feridas visíveis e pode não saber que está infectado.

O HSV-1 (tipo 1) também pode causar herpes genital, porém mais comumente causa infecções na boca e lábios. As erupções genitais do HSV-1 ocorrem com menos freqüência do que as do HSV-2.
A maioria das pessoas com HSV-2 não sabe que está infectada. Porém, se os sintomas ocorrerem, a primeiras erupção pode ser bem pronunciadas. A primeira erupção geralmente acontece dentro de duas semanas depois da transmissão do vírus e as feridas tipicamente saram entre 2-4 semanas. Outros sintomas durante o primeiro episódio podem incluir um segundo florescimento de feridas e sintomas semelhantes à gripe, incluindo febre. Porém, a maioria das pessoas com infecção de HSV-2 pode nunca ter feridas, ou ter sintomas tão leves que nem nota ou confunde com picada de insetos ou outro problema de pele.

A maioria das pessoas que tiveram o primeiro episódio de erupções causadas pela herpes genital pode esperar que elas se repitam (geralmente 4 ou 5) durante o ano. Ao passar do tempo geralmente essas recorrências diminuem de freqüência.
O herpes genital pode causar feridas dolorosas recorrentes em muitos adultos, e pode ser severa em pessoas com o sistema imunológico enfraquecido. Independentemente da severidade dos sintomas, herpes genital freqüentemente causa problemas psicológicos nas pessoas infectadas.

Adicionalmente, herpes genital pode causar infecção potencialmente fatal em bebês. É importante que a mulher evite contrair herpes durante a gravidez porque um primeiro episódio enquanto estiver grávida é de grande risco de transmissão para o bebê. Se a mulher tiver o herpes genital ativo durante o parto, geralmente opta-se pela cesariana. Afortunadamente, infecções de herpes passadas das mães para os bebês são raras.

Herpes pode ter influência na disseminação do HIV, o vírus que causa AIDS. Herpes pode tornar a pessoa mais susceptível à infecção do HIV. Pessoas com herpes e HIV também têm maior probabilidade de transmitir o vírus da AIDS.

Não há tratamento que cure herpes, porém medicamentos antivirais podem diminuir e prevenir as erupções. Adicionalmente, terapia diária de repressão ao herpes sintomático pode reduzir o risco de transmissão para o parceiro sexual.

O método de prevenção mais seguro para evitar qualquer doença sexualmente transmissível, incluindo herpes genital, é abster-se de contato sexual ou ter um relacionamento monogâmico de longo prazo com um parceiro testado que sabe-se não estar infectado.

Ulceração pode acontecer nas áreas genitais de homens e mulheres não cobertas pelo preservativo de látex. Desta forma, o uso correto e consistente de preservativo de látex somente pode reduzir o risco de transmissão do herpes genital quando envolve toda a área infectada. Uma vez que o preservativo pode não cobrir toda área de infecção, até mesmo o seu uso correto e consistente não garante proteção contra herpes genital.
Pessoas com herpes genital não devem ter relações sexuais com parceiros não infectados quando as lesões e outros sintomas estiverem presentes. É importante saber que mesmo que a pessoa não apresente sintomas ela ainda assim pode infectar seu parceiro sexual, desta forma ele deve ser alertado do risco. O parceiro sexual de uma pessoa com herpes genital pode procurar fazer teste de sangue para determinar se foi infectado.


Herpes é uma infecção causada pelo vírus Herpes Simplex tipos 1 e 2, que afeta principalmente a região da boca, principalmente a labial, e genitais e áreas próximas. A formas pelas quais a infecção de herpes se manifesta variam bastante de pessoa para pessoa. Embora o vírus do herpes tipo 1 (HSV-1) seja geralmente associado à infecção orofacial, mais popularmente conhecida como herpes labial, com o aumento da prática de sexo oral há mais casos de infecção genital com o vírus da herpes tipo 1. A seguir estão descrições gerais do curso da erupção de herpes na região oral e genital.

Herpes labial
1. Sintomas antecipando a erupção.
2. Pele aparece irritada.
3. Feridas ou grupo de bolhas com fluidos aparecem.
4. Lesões começam a sarar, geralmente sem cicatriz.
Herpes Genital
1. Sintomas antecipando a erupção.
2. Coceira na área afetada.
3. Aparecimento de feridas.
4. Lesões começam a sarar, geralmente sem cicatriz.
Em homens as lesões de herpes genital podem ocorrer no corpo do pênis, região genital, parte interna das coxas, nádegas ou ânus. Nas mulheres as lesões podem aparecer no púbis ou perto dele, clitóris, vulva, nádegas ou ânus.
Aparência das lesões de herpes e características das erupções variam muito entre as pessoas. Os sintomas das erupções de herpes genital podem incluir dor na área, desconforto ao urinar e corrimento no pênis e vagina.

As erupções iniciais de herpes são geralmente mais severas que as subseqüentes e geralmente envolvem sintomas similares à gripe e glândulas inchadas por mais ou menos uma semana. As erupções de herpes subseqüentes tendem ocorrer em torno de 4 ou 5 vezes ao ano e geralmente são desencadeadas pelo estresse, doença, fadiga, menstruação e outras alterações. Os vírus fixa-se em um gânglio nervoso onde não pode ser eliminado pelo sistema imunológico.
Apesar de rara, a herpes neonatal é séria, sendo conseqüência da transmissão vertical do vírus da mãe para o recém-nascido. A taxa de mortalidade por herpes neonatal é de até 25% ocorrendo pela disseminação da doença ou por encefalite no recém-nascido. Embora a probabilidade da mãe transmitir herpes ao recém-nascido ser muito pequena, é fundamental que o obstetra saiba que a futura mãe tem herpes a fim de minimizar os riscos.

Muitas pessoas com herpes relatam que o estresse, exposição ao sol, outras infecções virais, lesões faciais e ingestão de alimentos com arginina (chocolate, amendoim, nozes) podem elevar a probabilidade de gravidade das erupções. Reações alérgicas também podem desencadear erupções de herpes.
MITOS SOBRE O HERPES
Alguns mitos e informações enganosas sobre herpes, principalmente o genital, são:
* Herpes é fatal. Isso é verdadeiro apenas em casos raros de infecção no cérebro ou de recém-nascidos.
* Herpes afeta apenas os genitais.
* Preservativos são completamente eficientes em prevenir o contágio.
* O herpes tipo 2 é transmissível apenas na presença de sintomas.
* Herpes pode tornar a pessoa estéril.
* Somente pessoas promíscuas são infectadas. O herpes é tão comum que todos estão sob risco, com exceção de casais monogâmicos no caso de herpes genital. Porém, quanto mais parceiros sexuais a pessoas tiver, maior probabilidade terá de contrair herpes. Isso é especialmente verdadeiro para mulheres.

Créditos:
Tradução: © 2006, Hélio Augusto Ferreira Fontes
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URUBU_REI
Nome Popular: Urubu Rei
Ordem: Falconiformes
Família: Cathartidae
Espécie: Sarcaramphus papa
Nome Científico: Safcoramphus papa
Habitat: regiões permeadas de matas e campos, distantes dos urbanos. Reprodução: nidifica em árvores altas, pode aproveitar-se de um ninho já existentes. Põe de 2 a 3 ovos brancos uniformes. Período de incubação de 50 a 56 dias. Ave grande e de colorido vistoso, peso ao redor de 3 kg e medir 79 centímetros e de envergadura 1,80 metro, asas largas o que propicia excelente vôo. Asas brancas e negras com o mesmo desenho na parte superior e inferior.Cabeça e pescoço nus, violáceos-vermelhos, junto às narinas há uma carúncula carnosa amarelo-alaranjada, maior e pendente nos machos. Iris azul claro.Caminham desajeitadamente; pernas relativamente longas. Não cantam, porém sabem bufar. Para regulação da temperatura corpórea, abrem as asas.
Particularidades: O urubu rei é na verdade um abutre e dos mais coloridos. Cabeça e pescoço nus, violáceos-vermelhos, junto às narinas há uma carúncula carnosa amarelo-alaranjada, maior e pendente nos machos. Iris azul claro. As pernas são amarelo vivo. Esta espécie pode chegar a pesar 3 kg e medir 79 centímetros e de envergadura 1,80 metro. O urubu rei não tem garras, mas pés que servem de apoio no chão e para dar os saltos elásticos que é seu jeitão de andar. O que a ave tem de forte é o bico, capaz de rasgar o couro de um boi ou de um cavalo morto, de que se alimenta. Embora bonito, o urubu rei é porcalhão, pois come bichos mortos e podres e faz suas necessidades sobre as próprias pernas, primeiro sujando uma, depois a outra, num processo que, acredita se, tem a ver com a manutenção de sua temperatura. O estômago do urubu tem um suco gástrico tão forte que anula as toxinas da carne estragada que ele come, mas quando em cativeiro e alimentado com carne fresca passa a ser um animal muito limpo e perde o cheiro de carne podre. A 3 mil metros de altura o urubu rei enxerga uma presa de 30 centímetros no solo, mas prefere animais grandes e só depois que terminou de comer é que os outros urubus se aproximam. São dotados de visão muito aguda, circulando nas alturas já de madrugada e ao crepúsculo. O fato da onça cobrir um animal abatido que não pode ser comido de uma só vez, pode ser uma adaptaçãp para burlar a acuidade visual dos urubus. O primeiro a comer depois do rei é o urubu de cabeça vermelha, por isso é chamado de "urubu ministro". Esta espécie encontra-se ameaçada de extinção. Tem sido caçado pela suspeita de que seja transmissor de doenças ao gado. Entretanto seu hábito de comer carniça é de grande valor na remoção de fontes de infecção. Espécie escassa tendo em vista a perseguição como troféu. É mais regularmente encontrado no Norte, Nordeste e Brasil Central.

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