sexta-feira, junho 29, 2007

BISSEXUALIDADE

Alguns mitos sobre bissexualidade são propagados entre as pessoas homossexuais e não correspondem a realidade.
Mitos são fatos exagerados pela imaginação popular e pela tradição. É uma forma de pensamento oposta a do pensamento lógico e científico. Vamos tratar de quatro mitos sobre bissexualidade.

1- O mito mais comum, é que existe uma grande quantidade de homens que são bissexuais, a maioria enrustidos. Daí aparece uma expressão que ouvimos de vez em quanto de que; o mundo é gay! Pura imaginação. Na realidade a
bissexualidade é uma orientação sexual muito pouco comum. As estimativas estatísticas dos estudiosos da sexualidade, não comprovadas cientificamente, é que a prevalência desta orientação junto as populações parece ser menor que 2%.

2- O bissexual sente atração sexual igual por homem e mulher! O que podemos observar na realidade é que o homem bissexual se sente atraído pelos dois sexos, só que há uma inclinação maior em termos de freqüência de relação sexual por um dos sexos. Parece que a inclinação maior é por mulheres.

3- Nas populações carcerárias existe uma maior incidência de homens gays e bissexuais! Este mito não corresponde à realidade. Nas prisões, como os homens héteros são privados de sexo, eles mantém relações sexuais com outros homens, gays ou não, para aliviar à tensão provocada pela privação. Estas relações se caracterizam pelo sexo ativo puramente genitalizado: introdução do pênis no ânus para obter o orgasmo.

Não existe um envolvimento emocional nestas relações. Quando estes homens são libertados, fazem exclusivamente sexo com suas parceiras. Como nos presídios existem, também, homossexuais com forte conteúdo emocional. Mas
é uma exceção.

4- Homem bissexual só faz sexo ativo! Não necessariamente, pode fazer sexo passivo. O homem bissexual, via de regra, ou é casado com uma mulher ou mantém algum tipo de relação com uma mulher. O seu cérebro foi moldado com o modelo de relação heterossexual, onde o homem tem que ser dominador e ativo nas relações.

Ele leva este modelo machista para as suas relações homossexuais, preferindo fazer o sexo ativo. O homem bissexual vive a ambigüidade de gostar da vulva e do pênis para se excitar sexualmente. A mesma ambigüidade é vivenciado pelo travesti em transformar seu corpo o mais parecido possível de um corpo feminino, para se sentir atraente e se excitar sexualmente, ao mesmo tempo que gosta e utiliza o seu pênis nas relações sexuais.
Esta ambigüidade aproxima o bissexual do travesti: um ser que contém elementos femininos - seios, vestes etc. - e elemento masculino - o pênis. Muitos clientes dos travestis são bissexuais, pois estes encontram neles elementos necessários para sua excitação sexual: seios, formas femininas, pênis etc. Alguns homens bissexuais, são homofóbicos, (não gostam de gays efeminado), não freqüentam ambientes gays e publicamente desqualificam a pessoa homossexual.
É uma forma deles se protegerem contra a discriminação que existe na sociedade. Muitas vezes, eles não assumem sua bissexualidade. Para negar seu desejo homossexual eles preferem se colocar na posição de moderno, "comedor" ou liberal.

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