segunda-feira, junho 22, 2009

Automobilismo - SEGREDO - Honda City surge quase sem disfarces em São Paulo

A crise financeira mundial afetou o mundo automotivo de diversos modos. Algumas fábricas, como a da Honda, na Argentina, sofreram adiamentos. Isso atrasaria a chegada de novos produtos, como a do sedã compacto da marca japonesa, o City, lançado mundialmente em setembro do ano passado. Atrasaria, não fosse a possibilidade de a primeira leva do carro ser feita aqui no Brasil, mesmo. E é isso que deve acontecer, como o leitor Luiz Bueno Beznos comprovou ao flagrar uma unidade do carro quase sem disfarces em São Paulo, mais exatamente no Itaim.

A foto que Beznos conseguiu fazer foi bastante feliz. Mostra o City (que deve ser o nome definitivo do modelo) ao lado de um Honda Civic. A semelhança entre os dois é bastante evidente, o que permitirá chamar o City de mini-Civic sem grandes dramas de consciência.

Com 4,42 m de comprimento, 1,70 m de largura, 1,48 m de altura e um entreeixos de 2,55 m (5 cm maior que o do Fit), o City deve ter apenas um motor, o 1,5-litro de 115 cv a 6.000 rpm com gasolina e 116 cv a 6.000 rpm com álcool e 145 Nm a 4.800 rpm com qualquer um dos combustíveis. É o mesmo que ele usa no exterior. Na Índia, o motor rende 118 cv a 6.600 rpm e 146 Nm a 4.800 rpm, melhoria que também pode chegar ao City nacional.

A grande dúvida é se o motor 1,4-litro não encontrará lugar sob o capô do novo compacto. Isso por uma questão de preço. Na Tailândia, onde Fit, City e Civic são vendidos, o City é o modelo de entrada, mas tanto ele quanto o Fit usam apenas o motor 1,5-litro. O City custa a partir de 524 mil baths, ou R$ 30.932, enquanto o Fit começa em 560 mil baths, ou R$ 33.057, ambos ao câmbio de hoje.

Por aqui, o ideal seria o City também ser o modelo de entrada da Honda, para evitar canibalismo entre os modelos da marca. Na faixa dos R$ 50 mil aos R$ 70 mil, Fit e Civic já estão competindo em termos de preço.

Se entrasse mais um modelo neste meio, as vendas de algum dos modelos da marca certamente sairiam prejudicadas, algo que já deve acontecer pelas restrições de produção que a fábrica de Sumaré pode enfrentar com a produção dos três modelos. Isso pelo menos até a fábrica argentina ficar pronta.

Podemos esperar, portanto, que o City adote o motor 1,4-litro e tenha preço a partir de R$ 45 mil, a fim de competir com o VW Polo Sedan, Chevrolet Corsa Sedan, Renault Logan, Fiat Linea e Ford Fiesta Sedan, modelos um pouco maiores que os pequenos, mas ainda distantes dos médios.

De todo modo, o entreeixos de 2,55 m (maior que o do Fit; erramos ao supor que seria igual) deve dar ao City um bom espaço interno, inferior, na categoria, apenas ao do Logan. Unindo preço, espaço interno e o jeitão do Civic, o novo sedã deve fazer com que a marca japonesa ameace Renault e Ford por um lugar entre as cinco maiores montadoras do país.

O WebMotors mostrou as primeiras imagens do Honda City agosto do ano passado. Construído sobre a base do novo Honda Fit, que estreou no Brasil no Salão do Automóvel de 2008, o City fugiu do padrão de suas gerações anteriores, que era o de um Fit com traseira enxertada.

Se você conseguir flagrar alguma unidade do novo carro por aí, não hesite em entrar em contato pelo e-mail editorial@webmotors.com.br e nos enviar informações e até imagens, pelas quais não haverá nenhuma outra remuneração que não o gosto de dividir a novidade com os outros leitores.

Não se esqueça de autorizar expressamente a publicação das fotos e também de nos contar a história detalhadamente.
Veja mais: http://www.webmotors.com.br/wmpublicador/MSNNoticia_conteudo.vxlpub?hnid=42215

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